sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

sexta-feira, 19 de julho de 2013

SOBRE VALOR

 
 
Suzana Guimarães,  by  Hilário
 
 
Se, para descobrir o caráter das pessoas, tenho que pagar um preço, diante da eternidade do tempo de todas as coisas, esse valor, poucos ou muitos níqueis, vira desvalor, ninharia, centavinho no chão que a gente vê e despreza.
 
Por Suzana Guimarães
 
 
Nota: publicação original em 18 de julho de 2013, no Facebook.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Ensaios de um livro: Além de tudo (possível título)

 
( Direito autoral de Suzana Guimarães)
 
 
E eu, em minha moral, digo-lhe, porte-se, seja decente. Eu não vou lhe dizer 'eu não a amo', porque eu não sou de dizer, sou de ações. Gosto dos atos, dos coitos, das armas contrabandeadas. Gosto de comprar o uísque falso porque palavras nada me atraem, principalmente as dos rótulos. Não direi falta amor porque desconheço isso, amor, não sinto o que não pego. Eu sempre quis mesmo foi a conquista da terra mais cara, isso me excita, porque subo com prazer para lá deixar meu cocô, meu território marcado, aqui estive, gente otária!
 
Não confunda o que faço ou fiz com isso que você imagina: amor. 
 
Aprendi cedo a jogar a sujeira para debaixo do tapete, a vigiar possíveis passos, janelas e portas a denunciar. Sou mestre na arte de andar bem manso e, ninguém, de nada saber. Especialista em confundir paredes que ouvem.
 
Na falta do que lhe dizer, pois detesto palavras, jogarei em sua cara a minha moral. Descobri que lustrando-a com os troféus colecionados de todas as minhas defecações, ela se purifica, santifica-se.
 
Estou mudando de ramo, vender moral polida com cocô é mais rendoso e prazeroso, justifica-me mais.
 
 
Além de tudo, há a minha moral (Início)
 
Ensaios de um livro: Além de tudo (possível título)
 
 
Por Suzana Guimarães.
 
 
Nota: mesma publicação em 'Contos de Lily' e em ' O Medo de Suzana', em 11 de julho de 2013.

sábado, 25 de maio de 2013

domingo, 24 de março de 2013

SOBRE INVENÇÃO

Suzana Guimarães por si mesma

Penso que inventei caminhos, inventei gente, inventei amores... preciso de um tempo, agora, para me reiventar. Suzana Guimarães.


(Nota: originalmente publicado no Facebook em 19 de março de 2013.)

domingo, 3 de março de 2013

SOBRE DESTINO



 
Destino é para onde se vai. Só será destino se você anuir, se você se esforçar por, se você der os passos para lá.
 
(Suzana Guimarães)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

SOBRE PEDRAS

Se foi embora é porque nunca realmente esteve. Os diamantes ficam, os pedregulhos, não.
 
Suzana Guimarães
 
 
By SCG
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

BEM-AVENTURADO O HOMEM QUE ME DEU FILHOS

(Arquivo pessoal de Suzana Guimarães & Lily)

 
BEM-AVENTURADO O HOMEM QUE ME DEU FILHOS.
 
Suzana Guimarães

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

DIURNO INACABADO

UM POEMA DE LEONARDO B. para Suzana Guimarães





Para a Suzana Guimarães, com estima e admiração


Cabem-me nos passos da casa toda
o idioma tardio
o ido sopro do silêncio, a chuva
na mínima fogueira acesa por dentro

e por pegadas, no metal e pedra
a marca por lapidar no fogo branco,
a luz macia e baça que não se quer acrescentar ao dia.

Do lugar sonâmbulo que me traz por casa,
ainda a casa toda, trago
por vestígio de espelho o que hoje não me acordou,
e por dor passageira onde sou invenção do ventre
o cada instante que me sobra escuro,
e já não sou.

Cabe-me no peito o pássaro,
o mínimo vento da asa, aragem
o alicerce da casa onde os meus passos não me adivinham,

passada rápida, contrafeita
pelo tempo que foi, onde não estou
nem fui, nem me rejeita:
- Inventarei o traço convulso
no que por minhas pegadas me imagino que sou,

onde me cabem as sombras do todo o passo
cicatriz do dia inteiro por meu mínimo horizonte,
o pouco de meu corpo compasso
a medida itinerária, a desajeitada ciência
do que mais adiante será o resto do corpo,
do que não me cabe, nem trago ou sou:
- Esse arrumo, apenas um passo
do que antes foi meridiano da casa,
do traço do tempo que não me alterou.
  
É vestígio do passo, minha casa toda,
o meu lapso tempo
que trago por astro, peito adentro

é o lugar onde me invento, diurno
por defeito.

[Maio 2011, 18 - Janeiro 2013, 18]

[breve aparte: este texto, como revisão possível de um outro de 2011, muito hesitante aparece definido desta forma, nesta forma de texto possível…]